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2012 - Livro Vermelho 2013

Stevia resinosa Gardner VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 13-02-2014

Criterio: B1ab(iii)

Avaliador: Lucas Moraes

Revisor: Luiz Santos

Analista(s) de Dados: Eduardo Fernandez

Analista(s) SIG: Marcelo, Thiago

Especialista(s):


Justificativa

Espécie endêmica do Brasil, restrita ao domínio Cerrado dos estados de Minas Gerais (municípios de Caeté, Diamantina, Ouro Preto, Lima Duarte e São Gonçalo do Rio Preto) e São Paulo (EOO estimada em 16.370 km²) (Nakajima et al., 2009; Nakajima; CNCFlora, 2013). Encontrada entre altitudes aproximadas de 1.450 m a 1.950 m, onde se desenvolve em refúgios ecológicos alto-montanos, em Campo Rupestre e campo areno-pedregoso próximo a mata ciliar (CNCFlora, 2013). Sujeita a sete situações de ameaça, a espécie, apesar de apresentar registros de coleta que indicam sua presença no Parque Estadual do Ibitipoca, encontra-se ameaçada pelas atividades pecuaristas e agrícolas (Sano et al., 2010), bem como pelo plantio da cana-de-açúcar (Durigan et al., 2007), que configuram ameaças de alto impacto para o domínio Cerrado e que acarretam a perda da qualidade do seu hábitat e declínio da EOO. Em São Paulo, também é ameaça preocupante o intenso e constante desenvolvimento da malha rodoviária do estado (Durigan et al., 2007). Medidas de controle e o monitoramento das ameaças incidentes são emergenciais, a fim de evitar que o táxon configure em algum grau de ameaça mais severo em um futuro próximo.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Stevia resinosa Gardner;

Família: Asteraceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em London J. Bot. 5: 457. 1846.; a espécie é caracterizada pelas folhas opostas, oblongas, tomentosas, resinoso-pontuadas; capitulescência paniculada, laxa; flores com pápus de até duas aristas (Nakajima, 1991).

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo no estado de Minas Gerais, onde foi coletada nos municípios de Caeté, na Serra da Piedade (Nakajima et al., 2009), de Diamantina (I.M. Franco 349), de Ouro Preto (L. Mautone 741) e de Lima Duarte, nos arredores do Parque Estadual do Ibitipoca (R.C. Forzza 1813).Encontrada também no estado de São Paulo (Nakajima, 2013). Coletada em altitudes entre 1.479 m (A.S. Quaresma 354) e 1.942 (I.M. Franco 349).

Ecologia

Erva ascendente, de até 60 cm de altura (D. Sucre 5199) de ocorrência no Cerrado (Nakajima, 2013), em Campo Rupestre (A.S. Quaresma 367) e campo areno-pedregoso próximo a Mata Ciliar (R.C. Forzza 1813).

Reprodução

Encontrada com flores nos meses de fevereiro (R.C. Forzza 1813), março (E. Pereira 3069), maio (L. Mautone 741) e junho (P.L. Roth s.n., RB 93209).

Ameaças

2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded
Incidência regional
Severidade high
Detalhes A espécie ocorre nos estados de Minas Gerais e São Paulo, onde são muito comuns as culturas agrícolas, que estão entre as principais ameaças existentes para a vegetação do Cerrado (Sano et al., 2010). O plantio de cana de açúcar é uma grande ameaça ao Cerrado no estado de São Paulo (Durigan et al., 2007).

2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded
Incidência regional
Severidade high
Detalhes Assim como a agricultura, a pecuária também é preocupante para a conservação do Cerrado no estado de Minas Gerais (Sano et al., 2010). As pastagens cultivadas são também as maiores ameças ao Cerrado no estado de São Paulo (Durigan et al., 2007).

4.1 Roads & railroads
Incidência regional
Severidade high
Detalhes A presença e desenvolvimento de rodovias também é apontado como uma ameaça para o Cerrado no estado de São Paulo (Durigan et al., 2007).

8.1.1 Unspecified species
Incidência regional
Severidade high
Detalhes A invasão de gramíneas é uma ameaça grande à vegetação do Cerrado no estado de São Paulo (Durigan et al., 2007).

Ações de conservação

1.1 Site/area protection
Situação: on going
Observações: Há registros da espécie em Unidades de Conservação, como no Parque Estadual do Ibitipoca (R.C. Forzza 1813).

Referências

- NAKAJIMA, J.N.; TELES, A.M.; RITTER, M.; MONDIN, C.A.; DEMATTEIS, M.; HEIDEN, G.; BORGES, R.A.X.; RIVERA, V.L.; BRINGEL JR., J.B.A.; SAAVEDRA, M.; PEREIRA, R.C.A.; MELO, R.C.S. Asteraceae. In: GIULIETTI, A.M.; RAPINI, A.; ANDRADE, M.J.G.; QUEIROZ, L.P.; SILVA, J.M.C. Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservação Internacional; Universidade Estadual de Feira de Santana, 2009. pp.76-89.

- NAKAJIMA, J.; MONDIN, C.A. 2013. Aspilia In Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB15962).

- SANO, E.E.; ROSA; R.; BRITO, J.L.S.; FERREIRA, L.G. Mapeamento do uso do solo e cobertura vegetal - Bioma Cerrado: ano base 2002. Brasília-DF . MMA/Série Biodiversidades, v.36. 2010. 96 p.

- DURIGAN, G.; SIQUEIRA, M.F.; FRANCO, G.A.D.C. Threats to the Cerrado remnants of the State of São Saulo, Brazil. Scientia Agricola, v.64, n.4, p.355-363, 2007.

Como citar

CNCFlora. Stevia resinosa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Stevia resinosa>. Acesso em .


Última edição por Lucas Moulton em 19/11/2014 - 20:14:19